Em flor de lótus ele sibila a palavra sagrada Om em busca do nirvana para pôr um fim ao samsara e extinguir o seu carma.
No confessionário sentindo-se culpado ele segreda os pecados ao padre e segue ao genuflexório para pagar por eles com um rosário e quinze Ave-Marias.
De joelhos no chão frio ele pede perdão a Deus com medo do inferno enquanto barganha a sua salvação dando dez por cento do seu salário para o pastor.
Na mesa de um bar com amigos eu celebro a vida e os seus mistérios. Não acredito e não quero que nada e nem ninguém me alivie da culpa.
De duas uma, ou levarei ela para o túmulo ou o tempo acabará com a sua importância. Não há remédio e nem paliativo.
Não quero pureza, não quero perdão, não quero salvação, eu quero ser humano, e por ser humano eu quero viver por completo, em plenitude com tudo que é inato a minha condição e natureza.
E por favor, não me acabem com o mistério. Há quem goste de dar sentido pra tudo, já eu gosto das brechas, das frestas, dos furos. Tem quem goste de Nolan, mas esse não sou eu.
Porra cara, eu gosto do Nolan. Tá, ele não é muito bem no quesito mistério. Peca por excesso de explicação... Mas a Origem. Cara, eu gosto do Nolan pecador
ResponderExcluirHaha Não desgosto de tudo dele, curto a Origem tbm. Mas mesmo assim, é um mistério muito calculado, sabe?
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