Jacó lutando com Deus (Gustave Doré, 1855) |
Júlio
sempre ora antes de dormir.
Senhor Jesus, gostaria de agradecer por
mais um dia que você me concedeu nessa terra. Eu sei que estou no mundo, mas
que do mundo eu não sou, por isso livrai-me do mal. Abençoa a minha família e
amigos. Ajuda-me a ser um instrumento na sua mão. Que eu possa te glorificar
com minha vida, que meu culto a ti não seja só na igreja, mas em todos os
lugares em que piso com a planta do meu pé. Senhor, eu era uma ovelha
desgarrada do seu rebanho, minha vida de iniquidade só me trouxe dores, como o
problema da minha perna causado pelo cigarro que profanava o templo do seu
espírito santo. Perdoa-me e tem misericórdia de mim.
Imediatamente
Júlio sente um formigamento na perna. Uma sensação de algo subindo por ela de
maneira rápida e descoordenada. Ele coloca a mão sobre a perna e ora mais
fervorosamente. O Senhor migra da perna para a mão de Júlio e vai subindo pelo
seu braço. Quando ele já está no seu pescoço, Júlio faz como Jacó e o agarra.
Não te deixarei ir, se não me
abençoares.
Algo
se move loucamente na palma de sua mão. Ao abri-la se depara com uma barata que
foge loucamente pelo seu corpo. Ele pula instantaneamente de asco do pequeno
inseto e blasfema contra o espírito santo.
Filho da puta.
Comentários
Postar um comentário