Academia me lembra sexo. Não sei se é o cheiro nauseabundo de suor que impregna o ambiente, ou as ceroulas dos homens, ceroulas que também os acompanham quando deitam com suas parceiras para o coito, ou os colantes e calças legging das mulheres que apertam suas coxas e nádegas, ou são as músicas que vão de um soul barato ao um pop rock melódico, ou as caretas dos homens devido ao esforço físico que me fazem imaginar se são essas caretas que eles fazem quando ejaculam, ou as caretas femininas quando estão de bruços exercitando suas panturrilhas que me fazem fantasiar suas caretas quando, nessa mesma posição, estão sendo penetradas por seus parceiros. Não sei, estou divagando, deve ser devido à exaustão, melhor eu terminar essa série antes que o treinador me chame atenção. Com esses cento e vinte quilos vai demorar pra eu conseguir alguém para transar, isentando as que eu posso pagar. Que ser lamentável que eu sou. Mais um dia de treino concluído. Vou para casa. Eu quero é que se fodam, vou fumar um cigarro. Gordo talvez eu não morra, mas de enfisema ou câncer eu faço questão.
Lana É madrugada faz 11° no Grajaú não consigo dormir, mas no escuro permaneço ouvindo o silêncio dos cômodos da casa sob camadas e camadas de tecidos e algodão da touca, do travesseiro e dos cobertores ouço minha respiração & meus pensamentos ouço o pc que ficou ligado ouço os ratos andando sobre o foro & Mia que para de se coçar para prestar atenção nos ruídos do teto ouço o vento que balança a janela de leve & Dante que late lá fora, provavelmente por causa dos ratos Então de repente sinto Laninha subindo em minhas pernas cobertas & se encolhendo entre elas como um caracol – pelo visto não sou só eu acordado nesse frio
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